Em dezembro passado, a empresa espanhola de moda nupcial Pronovias passou para as mãos de seus credores, o fundo Bain Capital e a empresa de dívidas MV Credit, que agora injetam 110 milhões de euros no grupo para o refinanciar e melhorar a sua liquidez.
Assim, segundo o jornal El Economista, o objetivo desta recapitalização sob a forma de contribuição econômica é, por um lado, refinanciar os empréstimos-ponte existentes e, por outro, melhorar a liquidez da empresa. Para este último propósito, e conforme indicado pela agência Moody’s, vão dotá-la com 40 milhões de euros de caixa no negócio e com 20 milhões no balanço.
Como principais credores da Pronovias, a Bain Capital e a MV Credit irão capitalizar os empréstimos no valor de 260 milhões de euros, oferecendo paralelamente aos restantes credores (Banco Santander, UBS e Société Générale) a opção de aderirem a esta injeção econômica, conforme menciona o referido jornal.
Paralelamente, a Pronovias pediu aos tribunais, em documento enviado ao Tribunal Mercantil n.º 9 de Barcelona, a aprovação do plano de reestruturação acordado após a saída da BC Partners. A empresa sustenta que este acordo irá garantir a sua viabilidade a curto e médio prazo e que foi apoiado por todos os seus credores.
Este plano também permitirá que a gigante da moda nupcial reduza a sua dívida de 385 para 125 milhões de euros. As previsões do grupo passam por registar vendas de 200 milhões de euros em 2025, apoiando-se na sua consolidação nos Estados Unidos, na expansão do seu catálogo de marcas na Europa e na sua digitalização.
O negócio da Pronovias, que havia sido adquirido pela BC Partners em 2017 por 550 milhões de euros, foi fortemente afetado pela pandemia. Embora em 2022 tenha colocado as suas vendas num valor próximo do de 2019 (150 milhões de euros), o seu Ebit foi negativo em 4,1% no final de 2022.