O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a marca chinesa de moda online Shein se comprometeu com o governo do país a nacionalizar 85% de suas vendas nos próximos quatro anos e a cumprir as mesmas regras dos demais portais de comércio eletrônico do país em termos fiscais.
Este anúncio ocorre em um contexto de incerteza em torno da atividade de Shein no país. Nas últimas semanas, especulava-se que o Executivo brasileiro iria acabar com a isenção fiscal a que esta e outras empresas estavam sujeitas em termos de importações.
O objetivo dessa medida seria combater a evasão fiscal. Os consumidores receberam essa informação com preocupação, diante da possibilidade de os produtos ficarem mais caros. Esse tem sido justamente outro dos pontos em que Haddad tem insistido, ao mencionar que os custos de maior controle tributário para a Shein não serão repassados ao cliente.
Após uma reunião com a empresa, o ministro descreveu como “muito importante” que Shein veja o Brasil não apenas como um mercado consumidor, mas como uma economia de produção. Nessa linha, a empresa de moda passará a oferecer produtos fabricados no país.
Por sua vez, no plano fiscal, Haddad destacou que Shein tem se mostrado disposta a fazer o que for preciso para normalizar as relações com o Ministério da Fazenda. “Para a empresa, operar como as demais empresas do setor é essencial e adequado”, afirmou.
